terça-feira, 27 de maio de 2025

Fora de cena




Fora de cena




Eu que nada fiz de assombroso,

Resta a mim arte insana, consolo —

O sono dos justos, louco,

Noite frugal, serôdia.




Qualquer hora esvazia-se a casa

Sem nenhum alerta, abre-se a fenda —

Porque nada se faz por acaso

no final tudo se encaixa.



Toda ilusão que o corpo reverbera

decerto a alma jamais encena —

não ficará pedra sobre pedra

não há de me assombrar a terra.

Fora de cena

Fora de cena Eu que nada fiz de assombroso, Resta a mim arte insana, consolo — O sono dos justos, louco, Noite frugal, serôdia. Qualquer hor...